Num gesto que transcende o futebol e toca o coração de todos os que amam o desporto, o Liverpool Football Club anunciou oficialmente a retirada permanente da camisola número 20, em homenagem a Diogo Jota, que faleceu tragicamente, juntamente com o seu irmão André Silva, num acidente de viação no norte de Espanha a 3 de julho.
Esta decisão representa a primeira vez em 133 anos de história do clube que um número é retirado de forma definitiva. Mais do que simbólica, a homenagem é profundamente emocional, refletindo não só o impacto de Jota dentro de campo, mas também os laços genuínos que criou com colegas, equipa técnica e adeptos.
“Ao retirar este número, tornamo-lo eterno,” disse o CEO do Liverpool, Michael Edwards. “O Diogo chegou em 2020, usou o 20 com orgulho, humildade e distinção, e passou a fazer parte do coração deste clube. Para o Liverpool, ele será para sempre o nosso número 20.”
O número não voltará a ser utilizado em nenhuma equipa do clube — seja no plantel principal masculino, na equipa feminina ou nos escalões de formação — ficando para sempre associado à memória de Jota. A decisão foi tomada após conversações com a esposa de Diogo, Rute, e a sua família, que deram total apoio à iniciativa.
Enquanto a camisola 20 é agora eternizada em Anfield, em Portugal, o FC Porto — clube vizinho da terra natal de Jota — também decidiu prestar homenagem ao jogador, apesar de o número já estar atualmente atribuído a outro jogador do plantel.
Sem poder retirar ou reatribuir o número, o FC Porto optou por uma homenagem igualmente simbólica e comovente. Segundo fontes ligadas ao clube, será dedicada uma zona da academia de formação a Diogo Jota, incluindo um mural e uma placa comemorativa que celebrarão a sua ascensão de talento local a figura internacional.
Além disso, o clube está a preparar a criação de um torneio juvenil anual em nome de Jota — focado em valores como desportivismo, humildade e dedicação, qualidades que o próprio sempre demonstrou ao longo da sua carreira.
“O Diogo deixou-nos demasiado cedo, mas os seus valores, o seu espírito e a sua caminhada começaram aqui,” afirmou um dirigente do FC Porto. “Ele foi, e será sempre, um dos nossos. Esta homenagem é para o jogador, mas também para os jovens que sonham seguir os seus passos.”
Entretanto, o Liverpool prepara-se para um tributo especial no domingo, durante o jogo amigável de pré-temporada frente ao Preston. Antes do apito inicial, o estádio entoará You’ll Never Walk Alone, seguido de um minuto de silêncio. Os jogadores do Preston depositarão uma coroa de flores em sinal de respeito, e o estádio exibirá homenagens digitais nos ecrãs e painéis LED. Todos os jogadores usarão braçadeiras pretas, e o programa oficial incluirá mensagens escritas em memória de Diogo e André.
Apesar de ter marcado 65 golos em cinco épocas pelos reds, incluindo momentos como o hat-trick frente à Atalanta e o golo da vitória contra o Tottenham, o que define agora o legado de Jota vai além das estatísticas: é a força tranquila do seu caráter — a bondade, a humildade e a humanidade com que viveu.
Num poema partilhado por um adepto — alguém que foi tocado pessoalmente por um gesto silencioso de Jota — resume-se o que tantos sentem:
“A camisola foi retirada, mas o seu espírito continua a jogar — em cada ato de compaixão, em cada jovem inspirado, e em cada adepto que aprendeu o que significa realmente ser bom.”
Com o número 20 eternizado em Anfield e o seu nome homenageado no Porto, uma coisa é certa:
Diogo Jota jamais será esquecido. O seu legado viverá — em Liverpool, no Porto, e no coração de todos os que conheceram o seu nome.
Descansa em paz, Diogo e André.
Nunca caminharás sozinho.
